O nosso assunto favorito aqui no blog é sobre as útimas tendências de moda, afinal somos mulheres e por isso loucas por novidades. Mas, hoje o nosso assunto vai de encontro a tudo isso. Trata-se do movimento Slow Life, uma moda que começou na França, mas já tem adeptos no mundo inteiro.
Ecológico, étnico e valorizador das formas e processos artesanais de criação e produção, propõe aos designers e criadores que comecem a conceber e criar objetos contrários à padronização. Considerado uma “tendência” mundial, o movimento surge em resposta aos exageros do consumo e à invasão de produtos padronizados. Longe de ser uma forma de inibição do consumo ele representa mais uma consequência do desejo das pessoas de consumir melhor, de forma mais adequada e selecionada, com produtos mais duradouros e avaliados pela qualidade e relevância sentimental. Ou seja, é mais uma filosofia de vida e abrange diferentes dimensões – comida, design, tecnologia, ciência, som, e claro na moda. Ou seja é um movimento que combina idéias oriundas da psicologia positiva com a sustentabilidade ambiental.
Na moda, o movimento é uma alternativa sustentável e ética de reconstruir o sistema fast fashion (alta velocidade e volume de produção x consumo elevado e descarte imediato). É um movimento anti “tendências” e de valorização do atemporal e ecofriendly, a busca pela produção de alta qualidade, de longa duração e sem modismos passageiros. O movimento Slow traduz-se pela necessidade de mudança de quantidade para qualidade revelados no design, no varejo, no marketing e principalmente no consumo de moda, seria um retorno a metódos manuais de costura, tecelagem e tingimento a fim de minimizar os impactos tanto ambientais (poluíção) quanto éticos (escravidão) causados pelas grandes indústrias têxteis e de confecção.
É uma reflexão sobre o verdadeiro papel da moda na nossa vida, é uma forma de conter delírios de consumo e valorizar um estilo de vida mais sustentável e já foi defendido por grandes nomes da moda como Viviene Westwood. A opção por roupas artesanais, pela customização de peças e até pelo reaproveitamento dos tecidos.
Fonte: Teoria Criativa